sábado, 3 de julho de 2021

A ciência do Bem e do Mal

        O conhecimento de como fazer algo, mais o efeito que aquele procedimento provocará no ambiente ou nos seres envolvidos, não se restringe somente aos polos extremos de negativo e positivo (benéfico ou maléfico). Seja pela incapacidade natural ou por lei de adequação à época e lugar; as ações humanas não conseguem perfeição imediata ou contentamento geral (situação paradisíaca) se a época e o mundo onde atuam não estão em perfeição. Então entende-se isso é o que o sujeito conseguiu fazer neste momento, com tais materiais e com o conhecimento atual de que está munido agora. Tratando-se de ações ofensivas contra outros seres ou contra patrimônios de outros, isso ocorre porque aquela é a ética do mau feitor ou o efeito de não haver sido educado para demonstrar harmonia e paciência no ambiente onde vive. Desde que os comportamentos não condicionados por educação oscilam desde o destrutivo, maléfico até o construtivo, benéfico; a civilização progressista entenderá que se houver governo paternal com ideal de ética luminosa para bem-estar geral, com progresso psicológico além do progresso industrial, trata-se de desenrolar os costumes ascendentemente ; porque os recursos culturais são naturalmente acumulados na civilização, de modo que trata-se de desejar vida melhor e trabalhar pelo ideal amado com o que tem à mão. Porque do mesmo modo que os indivíduos, também as coletividades somente podem começarem de onde estão, e trabalharem com as ferramentas quais dispõem .
       Depois de decidir pelo progresso ético, governos e comunidades estruturadas entenderão que bem e mal não são somente para o povo criticar ou elogiar, castigar ou aplaudir ; mas que combinando em justas proporções adequadas à cada necessidade; positivo, negativo, e neutro servem para desenvolver caráteres e melhorar convivências em justa movilidade ; não ficando somente nas opções de destruir o que esteja mau feito e ficar restaurando eternamente o que parecia bem-feito em níveis passados da vida comunitária material .
       A governabilidade em determinado território não prescinde de usar a cultura acumulada ou esforçar-se em melhorar a cultura e obter mais conhecimentos para o que é naturalmente aperfeiçoável: a vida imperfeita e as nações materiais. Uma nação estruturada pode ter uma direção constante (ditadura) ou experimentar distintas regências (democracia). Mas qualquer que seja o tipo de governo em um território, a ciência do bem e do mal se aplica por razão ou por necessidade; seja para mover o que estava estagnado (anti-vida) ou simplesmente harmonizar e atualizar o que foi aprovado comunitariamente, para prosseguir amando em justa adequação (culturas de vida renováveis e adaptáveis à níveis superiores de conjugação).
       Desenvolver uma ciência de vida há que ser então para "movimento e harmonia" ; em que se entende que uma ética valiosa não se baseia somente em destruir ou construir, mas que as forças envolvidas produzam movimento qual realce o que for valioso e perpetuável e demonstre o que seja inferior e descartável . De modo que logo com o acúmulo de cultura, a educação nacional saberá condicionar os cidadãos para amarem o que é amável e odiarem o que é odiável; sabendo assim instantaneamente os educados: o que é bem e o que é mal . Nenhuma dificuldade então para os novos cidadãos assimilarem a educação forjada sem tabus e baseada em razão aperfeiçoável; e entendida a total inutilidade de curiosidade de desemparados para agirem contra a ética amada em todo o território da nação bem estruturada, onde são todos amados e portanto valorizados .

     

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