quinta-feira, 11 de julho de 2013

A ciência da guerra

        Os motivos pessoais para os seres atacarem uns aos outros são mais fáceis de se entender do que os motivos políticos nas intrigas internacionais.
        Na infância, as guerras entre indivíduos surgem  devido à ignorância e a maldade. Pelas tendências das personalidades em seus aspectos trevosos, encontram motivo para os conflitos em intenções para medir forças, humilhar, machucar, roubar, defender-se, ou castigar. Na vibração dos jovens atacantes percebe-se nitidamente a causa rude ou maligna dos ataques.
        Para entender-se em modo distinto às lutas esportivas os combates da guerra; uma classificação os motivos é bastante útil. Retornando à lista das causas do mau comportamento juvenil, se obtem em cada tópico uma semente para lições intelectivas e emotivas para as crianças ( ? ) :
1- pretensa superioridade arrogante
2- desprezo pelos supostos inferiores
3- perturbação por suposta ameaça presente no indivíduo vitimável
4- carência afetiva no lar
5- solidão futurística
6- curiosidade experimental artificiante
7- satisfação sádica em maltratar fracos para orgulhar-se de si
8- auto imposição desmedida

        Em alguns casos as agressões infantis se originam de causa antigas: programação subconsciente, rancor, despeito, vício de péssima educação, ou costumes adquiridos pela falta de educação e amor. Como em todas as áreas  da vida humana, a educação deve ser amável e prazerosa para germinar hábitos belos e justos.

        Na maturidade, a maldade considerável é o desajuste primário das políticas, o qual não sendo possível resolver em diálogos progressistas, recorre-se à guerra.
        Nas lutas particulares há que se considerar se os combatentes têm idêntica intenção para lutar até a morte; ou se basta a vitória de um lado, para o outro ceder o prêmio pelo que se combate. Quando é devido à uma ofensa; a morte no ofensor se deverá ou à integridade moral da vítima ou à irresponsabilidade do ofensor com a vida no próprio corpo, cuja insanidade insiste em conhecer o nível de impiedade no ofendido.
        Do outro lado, seres fracos devem aprenderem a discriminação e a prudência, porquê os malvados os atacam com a certeza de vencerem; para humilharem ou destruírem em egoística satisfação. Percebe-se na infância a satisfação covarde dos malvados, os quais mesmo após comprovarem sua força sobre a fraqueza alheia; reafirmam até se cansarem a humilhação nos fracos. Isso é natural, e por isso as intervenções são limitadas para aqueles quais não hajam adotado total responsabilidade acerca da integridade do fraco em questão.

        A guerra é a medição de forças naturais ou artificiais, com propósito para : subjugar provando superioridade ou direito, expulsar, ou destruir.
        A destruição é o que mais diferencia a guerra que os esportes. De onde entende-se que humanidades sublimes não necessitam guerras porque divertem-se com esportes, e têm a consciência iluminada na razão de Ser  em fraternidade, e não  "ter" em rivalidade.
        Sabendo-se que em qualquer escala a guerra é sempre uma medição das forças; podemos reflexionar sobre os motivos nobres para a guerra:

1- Divisão de riquezas e territórios
Na infância os agressores buscam atenção mesmo que resulte uma fama antipática. Aqui neste mundo às vezes acontece alguns adultos buscando fama atacando pessoas famosas, ou à civilização cuja constituição não lhes inspira respeito. Motivos sombrios para divisão de simpatia; porque amizade, amor fraterno, e caridade são os motivos iluminados. A valentia frutífera está na divisão das riquezas e dos territórios. Há que se considerar os dois lados da questão: a necessidade real de quem se deseja o beneficiar e a disponibilidade no campo onde se atuará. A divisão justa é a que produza efeitos melhores que a situação anterior.

2- Aprimoramento educativo renovador
Objetos naturais ou sintéticos servem para os seres humanos medirem a força e exercitarem os músculos. Mas quando se trata que provar astúcia e agilidade, os testes eficazes são as lutas com seres vivendo na mesma dimensão- lugar. Assim conjuga-se diversão e precaução simultaneamente.

3- Defesa cultural e territorial
Quando se forma uma tradição cultural em determinado território, aquilo se torna a personificação da riqueza do povo o qual ali vive. Para  melhorarem seus costumes, ou defender a pureza deles os seres necessitam força intelectual, emocional, e física. De modo mais sorrateiro que as invasões territoriais, as deformações culturais se insinuam. Então se faz útil estabelecer fronteira cultural para filtrar as informações; combatendo em julgamentos eventuais, do mesmo modo que se defende o espaço físico nacional.

4- Combate à opressão indesejada
Quando não há vigilância abrangente; as invasões podem formarem escravatura ou opressão desagradável sobre povos subjugados. Enquanto não se cansarem os opressores em seus sistemas maléficos ( os quais correspondem às suas personalidades ), tudo de ruim continuará igual. A questão da revolução justa não é demolição; mas sim libertação e divisão justa.

        Se são necessárias força e maturidade para guerrear; também toda conquista individual ou coletiva, somente será valiosa se houver força suficiente para preservar e administrar a usufruição das conquistas.
        A ciência da guerra justa, percebível nos esportes, é a forma rústica da movilidade da harmonia.

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