Para onde vai o ser com seus desejos ?
Primeiro a pessoa em situação inferior conhece o ambiente no qual está. De onde se está é que se fazem projetos. Mas o ideal para si pode não se adequar ao ambiente conhecido, o qual possuindo personalidade em si ou já construído algum outro ideal, não se espera destruir o que ainda não se realizou na perfeição que lhe é possível, como bem não se faz forçar uma adequação do projeto individual sobre o lugar. Mas por quê desejam a perfeição ? Mas como alcançar um lugar melhor para si ? Prisioneiros do destino sentem ou imaginam o melhor para a vida perpétua.
A existência do paraíso acalma os ânimos de qualquer idealista, e desistem de fazer revolução nos lugares inferiores; os quais são como devem serem e para o tempo que sua duração no valor do que é alcance. Mas como provar para si mesmo a existência de lugares perfeitos, funcionando tal qual se imagina o melhor para sua vida? O que primeiro se comprova é a inadequação ao mundo inferior, e dessa inadequação se entende não ser seu ideal permanecer eternamente na imperfeição; e fazendo o pensamento se entende que é próprio da expansão natural o haver outros lugares ao invés que destruir a obra de outros para construir a sua no mesmo lugar.
Da realidade no mundo inferior se conhece civilização e corpos frágeis movidos por seres os quais sabem não serem tais corpos. Do conhecimento de si mesmo é que vem a certeza de ser para a eternidade. A imortalidade seria para viver-se neste mundo se não houvessem outros em níveis superiores.
A perfeição e a justiça compreendem haver o perfeito antes que o imperfeito, e para qual se orienta o desejo de perfeição. Da investigação dos imperfeitos que conhecendo os eus superiores descobrem não estar no corpo mortal o que é imortal. Então como figura definida está o eu superior em algum lugar, e chamamos paraíso o ambiente perfeito em qual esteja o eu superior, cujo pensamento produz as pessoas encarnantes no mundo imperfeito. O movimento dos imperfeitos deve ir para a perfeição, porque assim são seus eus superiores; os quais são seres integrais à semelhança do Infinito incriado. Então os desejos para as realizações ontológicas nascem de sentimento pelo que há, pressentido o que é real e alcançável.
Então o que há para os idealistas saberem é: por quê não fazer revolução? por quê não construir outro tipo de civilização neste lugar? por quê eu não sou tanto quanto desejo neste momento e lugar? Ainda é válido desejar mas torna-se necessário saber.
Desejar ser em um lugar e condição adequada à si é justiça de situação. Que um lugar vibre de acordo com tal sentimento e comportamento. Para cada realização utópica há que haver uma harmonização correta.
A saciedade dos desejos humanos acontece pela lei que rege as consonâncias em diferentes situações no fluxo temporal.. De justiça coletiva é que se entende a formação de civilizações e a fenomenologia dos assuntos humanos; a estrutura de ser não é o caos!
Ter desejos para realizações sublimes é a garantia de um futuro glorioso e pleno de gozos. Que o destino o qual se experimenta nesse mundo há que haver em utilidade para o ser, e amadurecer para o retorno à consciência integral; como objetivo a realização de si mesmo é o que há de mais verdadeiro, porquê os desejos são concretos quando de ir para a perfeição que é o que já há e não cessará de haver.
Desejos ontológicos e ideais coletivos são para se viver desde o presente, para que haja progresso no mundo inferior. E se o máximo que a civilização puder demonstrar no presente ainda não satisfaz; no paraíso há total satisfação para as personalidades quem se encaminhem para lá.
Os desejos concretos são para o que já há no ser, e os ideais utópicos são o que pode ser em algum lugar desejado para vida justa. O que desejar é pressentir o que há na consciência integral; desejos consonantes à realidade superior são os melhores para se desejar.
Sejamos sempre em harmonia que os desejos serão sempre realizáveis, no devido momento e lugar próprio para acontecerem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário