quinta-feira, 18 de julho de 2013

Por quê hão muitos seres ?

        Haver... não é para poucos, porquê a intensidade de existir somente é confortável para a pluralidade; porquê o movimento das relações é para várias direções, perfazendo diversidade que satisfaz o paladar anímico, o qual não pode se aborrecer no paraíso, porquê a condição suprema é a perfeição de vida eterna, na qual a inteligência é completamente iluminada, sendo todos os seres naquele nível em paz profunda da consciência infinita. É portanto a perfectibilidade o que entendemos como sendo prova de vida sem fim; é a que o ser integral declara, e na qual somente vale a individualidade se for para a multiplicidade, porquê a solidão não é perfeita. E sendo cada ser integral bastante expressivo em todos os modos de caráter que sabe expressar, forma-se complexa rede de relações; porquê cada personalidade é para várias direções, encontrando consigo ou com os outros as harmonias de vida degustáveis ao infinito.
        A razão da diversidade é da vida perpétua havendo diferentes personalidades em vida. E toda essa multiplicidade a qual maravilha a percepção humana nunca cessará de existir, porquê não se realiza felicidade sendo somente em uma direção, ou sem comunicação, ou sem relações, sejam quais forem.
        A vida perpétua é um mistério para a inteligência humana, porquê a vida mortal tem começo e um fim aparente. Mas não se pode usar a imperfeição como referência para se entender a perfeição; pelo contrário todos os apontamentos para formar a noção de paraíso são as perfectibilidades da vida humana o que pensamos.
        Sendo o infinito todos os campos para haverem seres, se deduz que o poder da criatividade nunca cessará, e nem a capacidade de multiplicação; ao infinito é a glória de haver...
        Assim é a vida então; com os seres integrais se multiplicando ou criando; sempre em expansão é a infinitude de haver. E se alguma pessoa necessitará se repetir nesse mundo não sabemos. Por quê alguém abandonaria todo o sucesso realizado para reiniciar a evolução à partir do mundo inferior, havendo alguns alcançado o paraíso; ou seja o máximo de harmonização para a consciência?
        Sendo toda essa multiplicidade infinita, por quê não são um ser apenas? As individualidades perfazem número; isto é, relações diferentes. Sem as diferentes personalidades o Ser único fatalmente se repetiria por amor à si mesmo. Sozinho não seria expansivo na infinitude de haver; sozinho não é perfeito.

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