segunda-feira, 8 de julho de 2013

Do caos para a Ordem

        Na vida do ser humano comum, somente quando o desequilíbrio se torna bastante acentuado, é que a insatisfação se faz presente. Paralelamente o conjunto da humanidade só desperta para a necessidade de mudanças por reformas amplas, quando o caos alcança níveis insuportáveis. A necessidade de organização na vida humana só é realmente afirmada quando há insatisfação.
        A organização de vida individual e coletividades é necessidade inegável para as mentes saudáveis. O conjunto dos povos é formado por individualidades, sendo sempre os indivíduos casos particulares em si mesmos; de modo que as diretrizes variam de pessoa para pessoa, mesmo havendo a idiossincrasia grupal.
        No ser humano o ideal de perfeição está na própria alma: a forma arquetípica, o potencial de gozo, o mestre interior como o denominam os rosacrucianos; sempre disposto à orientar a evolução da fração menor de seu ser.
        Sentindo impulsos do eu interior, o qual é a personalidade-alma encarnada; cuja expressão é a pessoa conhecida objetivamente; voltando-se para si mesmo em avaliações periódicas, detecta-se a insatisfação n'alguns pontos. Então é a decisão de transformar a situação que entra em cena. E uma vontade firme impele ao trabalho.

        Todo ser humano deve emancipar-se na aquisição da consciência. O processo evolutivo de emancipação nos seres humanos é um processo alquímico; é trabalho de harmonização gradativa, substituições, ou transmutações, galgando degraus cada vez mais elevados.
        Se alguém sobe um degrau; ali deve permanecer tempo suficiente para preparar-se para o próximo passo; prosseguir a escalada. Uma iniciação verdadeira, no ambiente profano ou no sagrado, somente se caracteriza como tal pela adesão à nova condição e continuidade até a próxima aquisição ou elevação.
         A emancipação do ser o conduz à modificações no ambiente pessoal, podendo inclusive influenciar mudanças no ambiente social. Tudo o que há no mundo deve servir à edificação, progresso, e felicidade humana. O mundo planetário é a escola e laboratório da evolução humana.
        O ser encarnado é uma criatura com inúmeras possibilidades vivenciais à se explorar. E o ambiente é o campo para aprendizado, sempre em modo construtivo visando aos valores máximos da própria felicidade.

        O ser humano é composto de vários aspectos combinados integrados ao longo de suas vivências. Elementos múltiplos compõem a personalidade qual é o indivíduo.
        De um ponto de vista musical; pode-se dizer que cada um compõe-se de determinada escala musical distribuída em todo o seu corpo. E é a variação de intensidade em cada aspecto, combinada em modo diferente no contexto geral de cada um, o que distingue os indivíduos humanos. Prevalece acima de todas as notas; a tônica pessoal que indica o caminho adequado ao sujeito.
        Uma vida bem orientada desde a infância, educando e permitindo a expansão da consciência, deve colocar naturalmente a pessoa em sintonia com o seu mestre interior; para que sua tônica esteja sempre torneada, e assim possa estabelecer diretrizes exatas num programa eficaz à sua evolução ou desenvolvimento pessoal.
        Ascendendo em harmonia; o programa de vida do indivíduo também vai sendo ajustado quando necessário à seus interesses legítimos e possibilidades que o ambiente oferece. Diretrizes mais fortes são firmadas pelo conhecimento da realidade; para estabelecer, manter, ou ampliar a harmonia na vivência pessoal. A sabedoria formada amplia o campo de ação, e o aproveitamento aos recursos mundanos é efetuado satisfatoriamente para a mais perfeita felicidade.
        Os estados caóticos, desequilíbrios diversos; são causados pela falta de controle sobre os instintos.
        O ser pensante qual já se livrou da bestialidade não se vicia, ele se programa conforme as opções ou planejamentos executados no exercício do livre-arbítrio. A reprogramação se faz após obter a compreensão; a qual é aval para afirmar a substituição ou transmutação. Com firmeza de vontade e sem qualquer prejuízo ou saudade do inferior removido.
        Cada qual haverá no seu ritmo particular e programa de vida, o momento ideal para ler, ver, ou ouvir, o que muitos outros  já poderão haverem assistido; mas talvez sem extraírem o melhor que a obra podia lhes conceder.
        Todas as mentes devem serem livres para pensarem e escolherem. E aos primitivos devemos conceder-lhes a devida tolerância; pois o erro não é crime; é fruto da tentativa de acertar por ignorância ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O pudor e o escrúpulo

        A capacidade humana de auto-restringir-se e de auto-dosar-se protege lhe a felicidade movendo-se com justiça nas relações e nas situ...